Campeonato Brasileiro 2004 | Ficha Técnica | 28.Set.2004 | 33ª rodada - Returno
Cruzeiro dá outro vexame em casa
Cruzeiro 3x3 Figueirense
Bruno Furtado
Portal Uai
O Cruzeiro chegou a estar vencendo o Figueirense por 2 a 0 nesta terça-feira à noite, no Mineirão, pela
33ª rodada do Campeonato Brasileiro, mas voltou a apresentar falhas infantis em seu setor defensivo e
acabou empatando por 3 a 3. O apito final do árbitro paulista aliviou os poucos torcedores que foram ao
estádio, pois nos últimos instantes os catarinenses por pouco não viraram o placar e tornaram o vexame
mineiro maior.
O resultado mantém o Cruzeiro na 13ª colocação, agora com 43 pontos, contra 45 do Figueirense, 12º.
No entanto, o empate aumentou para cinco o número de partidas seguidas sem vencer em casa na
competição nacional. Depois de bater o Flamengo por 2 a 0 em 11 de agosto, o time celeste amargou
três derrotas e dois empates no Mineirão. Com isso, são quase nulas as chances de o time ficar entre os
três primeiros colocados até o final da disputa e garantir uma vaga na Libertadores’2005.
O técnico Marco Aurélio, mais uma vez, se dirigiu aos vestiários sob os gritos de burro. No próximo
sábado, o Cruzeiro tem a Ponte Preta pela frente, no Mineirão. O Figueirense terá como adversário, no
mesmo dia, o Flamengo, em Florianópolis.
O jogo
Pressionado por duas derrotas seguidas na competição, o Cruzeiro partiu para cima do Figueirense e
logo aos dois minutos perdeu grande oportunidade para abrir o placar. Jussiê chutou da pequena área e
Édson Bastos fez grande defesa à queima-roupa. A pressão prosseguiu e Fred, aos sete minutos,
cabeceou sobre o goleiro. O primeiro lance de perigo dos visitantes foi aos dez. Artur pegou chute de
Romualdo.
O goleiro catarinense se firmou, pouco a pouco, como principal nome do jogo. Aos 14, ele parou Fred
de novo, desta vez após chute rasteiro na grande área. Mas dois minutos depois, Sandro conseguiu
superá-lo. O armador fez jogada individual pela direita, encobriu Cléber com um toque leve e, de perna
esquerda, deu um chute seco no ângulo esquerdo de Édson Bastos, mesmo sem muito espaço:
Cruzeiro 1 a 0.
Na seqüência, o goleiro do Figueirense voltou a aparecer positivamente e impediu o segundo gol.
Wendell recebeu passe de Sorín na grande área e finalizou sobre Édson Bastos. Márcio Goiano pegou
o rebote e afastou o perigo. A pressão cruzeirense parou por aí. O time mineiro se retraiu, deu campo
aos catarinenses e começou a ser ameaçado. Aos 23, por exemplo, o empate não aconteceu por muito
pouco. Paulo Sérgio levantou a bola na área, ninguém desviou e ela passou rente à trave direita.
Num contra-ataque, aos 27, Sandro teve nova chance para aumentar a vantagem, após passe preciso
de Fred na grande área, mas chutou sobre o travessão. O experiente César Prates, no minuto seguinte,
deu novo susto em Artur com um arremate rasteiro da intermediária. O goleiro cruzeirense pegou firme,
sobre a linha.
Quando o gol do Figueirense parecia próximo, o Cruzeiro marcou o segundo. Maldonado cobrou falta da
ponta esquerda, Marcelo Batatais se antecipou ao goleiro Édson Bastos e mandou no canto esquerdo
com um arremate forte de cabeça: 2 a 0.
Mas não demorou muito para o gol dos catarinenses acontecer. Aos 38, o veterano Galeano,
ex-Palmeiras, marcou de cabeça depois de cobrança de escanteio. A zaga mineira não subiu e permitiu
ao volante desviar para o canto esquerdo: 2 a 1.
Nos cinco minutos finais, o Cruzeiro teve mais duas chances para chegar ao terceiro gol. Aos 41, com
Jussiê, após chute da intermediária. Aos 44, a melhor delas, por meio do argentino Sorín. Ele arriscou da
entrada da área, a bola quicou no gramado durante a trajetória e dificultou a defesa de Bastos, que
pegou em dois tempos.
Segundo Tempo
O Figueirense voltou melhor e a todo momento ameaçava empatar. Aos nove, para complicar, Sorín
deixou o campo com dores na coxa esquerda. Marcinho o substituiu. Aos 13, Fernandes por pouco não
fez o segundo do Figueirense em chute da intermediária. Mas quatro minutos depois, Romualdo não
vacilou. A defesa bateu cabeça na área, a bola sobrou para o atacante e ele colocou o 2 a 2 no placar.
O técnico cruzeirense resolveu fazer a segunda alteração aos 19. O improdutivo lateral-direito
Alessandro deu lugar a Marco Aurélio. Em seu primeiro lance em campo, o ‘promovido’ acertou o
travessão de Bastos após jogada individual de Jussiê pela direita. Na segunda oportunidade, recolocou
o Cruzeiro na frente: 3 a 2. Ele recebeu a bola da direita e com um chute de bico mandou no ângulo
esquerdo.
Não demorou muito e o Figueirense voltou a empatar, em nova falha coletiva da defesa cruzeirense.
Paulo Sérgio cobrou falta da intermediária, ninguém cortou na grande área e já com Artur batido, Marlon
teve apenas o trabalho de desviar para as redes: 3 a 3. Os catarinenses seguiram no ataque,
pressionando, como se estivessem jogando em casa.
Mas num contra-ataque puxado por Jussiê, aos 26, Marcinho perdeu um gol incrível. Após cruzamento
na pequena área, ele cabeceou sobre o travessão. O jogo ficou franco e, aos 29, César Prates
arrancou no campo mineiro, invadiu a área, mas foi desarmado por Augusto Recife quando se
preparava para fazer o quarto no Mineirão.
Artur, aos 35, impediu mais uma vez o Figueirense de virar o placar. Romualdo recebeu livre na área,
não recebeu combate, girou e chutou sobre o goleiro cruzeirense. Na outra área, aos 35, foi a vez de
Fred desperdiçar a chance de o Cruzeiro recuperar a vantagem no marcador. Da marca do pênalti, ele
chutou no ângulo esquerdo dos catarinenses, mas Édson Bastos fez grande defesa.
A partida seguiu lá e cá. Para desespero dos 1.676 pagantes, o Figueirense voltou à área azul com
perigo aos 42. Do bico da área, Rodriguinho chutou cruzado e acertou a trave direita de Artur. Na
seqüência, o goleiro mineiro derrubou Rodriguinho na área e cometeu pênalti, mas o árbitro Edílson
Pereira de Carvalho mandou o lance seguir. O torcedor presente no Mineirão, já irritado com o
desempenho pífio da defesa celeste, chamou o paulista de “ladrão”. Até o apito final, os visitantes foram
os donos das ações e ficaram em cima em busca da virada definitiva. O empate acabou sendo
vantajoso para a equipe de Marco Aurélio. (BF)
Informações e Estatísticas
Ficha Técnica
Escalação do Cruzeiro
Artur, Alessandro (Marco Aurélio), Marcelo Batatais, Edu Dracena,Sorín(Marcinho)
Maldonado (Guilherme), Augusto Recife, Wendell, Sandro,
Fred, Jussiê
- Técnico: Marco Aurélio
Escalação do Figueirense
Édson Bastos, Paulo Sérgio, Márcio Goiano, Cléber, André Santos
Jeovânio, César Prates (Everton), Galeano, Fernandes,
Marlon (Genilson), Romualdo (Rodriguinho)
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